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Tratamento da urticária na gestante

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Depende se é aguda ou crônica. Nos casos da Urticária aguda alérgica, um elemento primário no gerenciamento é evitar o alérgeno agressor, quando possível, minimizando uso de medicamentos sistêmicos.  

Gestantes com urticária com/sem angioedema devem ser tratadas com a menor quantidade de medicação possível. Quando a terapia sintomática é necessária, os anti-histamínicos H1 de segunda geração são recomendados, pelo seu efeito colateral reduzido (especialmente sono, tanto na mãe quanto no bebê. O uso de anti-histamínicos H1 de segunda geração durante o primeiro trimestre não está associado ao aumento do risco global de malformações graves ou outros desfechos de gravidez como abortos espontâneos, prematuridade, natimorto e baixo peso ao nascer.

A terapia começa com anti-histamínicos H1 em doses padrão, podendo haver a necessidade de doses mais altas para controlar os sintomas. Os anti-histamínicos e o omalizumabe são os únicos tratamentos aprovados para UC até agora.

O tratamento deve seguir os princípios básicos de tratamento tanto quanto necessário e o mínimo possível. Isso pode significar intensificar ou descer algoritmo de tratamento de acordo com o curso da doença.  
Entre os anti-histamínicos de segunda geração considerado pelo FDA como escolha para uso na gestação e lactação são descritos cetirizina (10 mg uma vez ao dia), levocetirizina (5 mg uma vez ao dia), fexofenadina (180 mg uma vez ao dia), loratadina (10 mg uma vez ao dia) e desloratadina (5 mg).

Riscos e benefícios devem ser considerados a um alergista ou dermatologista com experiência em urticária antes de usar esses medicamentos.  
Todos os anti-histamínicos H1 são excretados no leite materno em baixas concentrações e, portanto, anti-histamínicos H1 de segunda geração são preferidos para se evitar a sedação neonatal.    

Em geral, aproximadamente 50% dos pacientes não melhoram com o uso de anti-histamínicos. Cursos curtos de glicocorticoides são frequentemente exigidos em crises graves de urticária aguda e crônica, mas não são recomendados para uso crônico pelos efeitos colaterais e devem ser evitados durante o primeiro trimestre, se possível.  

Corticosteroides não fluorados são preferidos durante a gravidez. Mesmo assim, além dos efeitos colaterais gerais dos corticóides, na gestação aumenta o risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, fissura paladar primária, insuficiência adrenal neonatal e baixo peso ao nascer.

Caso seja necessário a lactante fazer uso de corticóide sistêmico, é prudente atrasar a amamentação por algumas horas após a tomada do corticóide com intuito de minimizar possíveis riscos ao bebê.

O omalizumabe tem sido usado com segurança para UCE refratária em mulheres grávidas, sendo esta, entre todas as terapias não anti-histamínicas com eficácia comprovada para UCE refratária, a mais bem estudada, mais utilizada e com uma incidência muito baixa de efeitos adversos graves. É considerado o tratamento de escolha para UCE refratária durante a gravidez e lactação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As gestantes têm o direito de receber a melhor terapia possível. A consideração geral sobre o tratamento de UCE para as gestantes é semelhante ao da população geral, com atenção dada a alguns detalhes aqui descritos.  
 
PONTOS-CHAVES:  
Fatores de risco de piora da UCE na gestação:  
Maior chance de crise de angioedema no primeiro e no último trimestre;  
Doença leve e não ter angioedema antes da gravidez;  
UC induzida associada;  
Aumento da atividade da doença e gestação anterior;  
Estresse emocional como gatilho, especialmente último trimestre.

Rosaly Vieira dos Santos CRM:17120

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